Brasil será 4º no mercado de carros, depois de China, EUA e Japão

terça-feira, março 23, 2010 Jony Lan 0 Comments

Com tantos carros, será que vai ter espaço para tudo isso? Ou vamos ter a realidade dos EUA, carros usados a preços de banana.

China, Estados Unidos, Japão e Brasil. Esse será o novo ranking mundial de vendas de carros neste ano. Na lista de maiores mercados, o Brasil vai tirar a Alemanha, país que era dono do quarto lugar há sete anos.

A projeção é da consultoria alemã Roland Berger que elaborou estudo sobre a indústria automobilística brasileira. Em dez anos, o Brasil saiu do décimo para o quarto lugar na lista.

O estudo projeta vendas de 3,2 milhões de automóveis e comerciais leves em 2010 e potencial de chegar perto das 6 milhões de unidades em 2015. O número deste ano aumenta para 3,4 milhões se forem contabilizados caminhões e ônibus. A Alemanha deve vender 2,8 milhões de unidades.

O fundador e presidente da empresa Roland Berger, 72, esteve no Brasil, na semana passada, para divulgar o resultado favorável. "É o melhor momento do Brasil", avaliou.

Berger, porém, apresentou críticas ao comportamento do mercado doméstico. "O Brasil é um mercado em crescimento, mas muito dependente das vendas internas e sem condições de jogar globalmente." A análise do especialista se baseou no fato de que a produção não acompanha o crescimento nas vendas em igual ritmo. Neste caso, o Brasil cái para o sexto lugar no ranking.

Entre os emergentes, os principais concorrentes do Brasil, a China lidera na produção e vendas. A Coreia do Sul é a quinta maior fabricante, mas não está entre os 10 maiores mercados. A Índia está na oitava posição em vendas e na sétima, em produção.

"Para ter papel global nesse tabuleiro e manter-se é preciso ter competitividade e o Brasil tem diversas falhas nesse ponto", constata. Da falta de infraestrutura aos altos impostos, passando por burocracia e o ‘custo Brasil’, há muito a ser feito.

A diferença de custos de produção
O Brasil tem um custo:
37% maior que um carro médio indiano e o dobro de um chinês da mesma
categoria.

Em relação ao México:
a diferença é de 82%.
Corte de 10% nos impostos: resultaria em vendas adicionais de 488 mil veículos ao ano.

Abs,

Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com

Fonte: O Tempo

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