Estratégia | Casino, acionista do Pão de Açúcar adquire ativos do Carrefour na Tailândia por US$ 1,2 bi

quarta-feira, novembro 17, 2010 Jony Lan 0 Comments

Quer expandir? Uma das melhores estratégias é adquirir a sua concorrente. Da noite para o dia você ganha mais pontos de venda, maior distribuição e melhor penetração no mercado. A fase de transição é que é o ponto crítico de sucesso, mas se depender do faturamento e da análise prévia da empresa comprada, é sucesso na certa. A compra das 42 lojas ajudará a rede Big C Supercenter, cuja participação da Casino é de 63%, a se tornar vice-líder na Tailândia .

A varejista francesa Casino irá adquirir as unidades tailandesas do rival Carrefour por 868 milhões de euros (US$ 1,2 bilhão), incluindo dívidas, aumentando o desafio do britânico Tesco no crescente mercado asiático.

O Casino informou nesta segunda-feira que a compra das 42 lojas ajudará a rede Big C Supercenter, cuja participação da varejista é de 63%, a se tornar vice-líder na Tailândia, com capacidade de gerar negócios da ordem de 2,4 bilhões de euros em 2010.

Varejistas em todo mundo estão disputando posições em mercados emergentes, buscando fontes de crescimento fora dos Estados Unidos e da Europa, embora os custo dessa expansão sejam frequentemente elevados.

O Carrefour, que deixou de operar em oito países nos últimos sete anos, ocupava a quinta posição entre as varejistas na Tailândia e afirmou que sua perspectiva de crescimento naquele país não condizia com a estratégia de focar em países onde poderia ocupar a liderança.

O Casino, quinta maior rede de varejo de alimentos na França, está negociando a venda de 1 bilhão de euros em ativos não-fundamentais para cortar custos. Nesta segunda-feira, o grupo afirmou que pretende vender outros 700 milhões de euros em ativos no ano que vem.

No Brasil, a rede Casino detém 36,7% do capital total do Grupo Pão de Açúcar.

Isso mostra que cada dia que passa, as grandes empresas deixarão de ter capital 100% nacional se não crescerem demais a ponto de se tornarem multinacionais brasileira. Ou se tornam multis, ou serão absorvidas pelas multis estrangeiras.

Abs,

Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com

Fonte: Estadão

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