Estratégia | Carrefour volta atrás e relançará comércio eletrônico no Brasil

quinta-feira, maio 15, 2014 Jony Lan 0 Comments


A empresa desativou e-commerce em 2012 como parte de uma reestruturação mais ampla do grupo. Mas na verdade simplesmente "passou a faca" no que não estava dando lucro naquele momento. O problema é que o Carrefour tem um problema estratégico de posicionamento no Brasil e isso ainda não foi corrigido.

Paris - O Carrefour planeja reviver suas operações de comércio eletrônico no Brasil neste ano após ter desativado o negócio em 2012 como parte de uma reestruturação mais ampla do grupo.

O presidente-executivo Georges Plassat revelou o plano na última assembleia geral de acionistas, em Paris.

Ele também disse a investidores que o Carrefour quer fortalecer seu perfil local no Brasil, o segundo maior mercado para a companhia depois da França e um país emergente que a empresa demarcou para expansão.

O Carrefour chocou a comunidade varejista em 2012 quando o grupo anunciou que estava encerrando seu negócio de comércio eletrônico para dar foco a hipermercados em dificuldades no Brasil e na Europa.

Como todos sabem, o canal de hipermercados no Brasil já cedeu lugar aos supermercados, menores e mais pulverizados, continuam dominando todas as regiões do Brasil, principalmente os supermercados de vizinhança.

Mesmo com o Carrefour Bairro, o maior problema do supermercado é o seu posicionamento. Quer ser barato, comunica que é barato com a campanha "Faz a conta, faz Carrefour", mas a percepção dos consumidores é clara, vende caro.

O arquirrival francês Casino, que controla o Grupo Pão de Açúcar no Brasil, é dono da Nova Pontocom, que figura entre as maiores empresas de e-commerce no país operando sites como Pontofrio.com.br, Extra.com.br e Casasbahia.com.br.

A sorte do Casino é que as estratégias de e-commerce foram decididas pelos brasileiros e não pelos estrangeiros.

Plassat não deu mais detalhes sobre seus planos de expansão no Brasil além de dizer: "Estamos convencidos que o Brasil é um país com o qual o Carrefour poderá contar, possivelmente se fortalecer laços com parceiros locais." Para financiar sua expansão no Brasil, Plassat afirmou que decidirá até o final do ano se venderá uma fatia no negócio brasileiro para investidores ou se fará uma oferta pública inicial de ações em 2015.

Em março, a Reuters publicou que o Carrefour avaliava uma captação de recursos no Brasil através de uma oferta privada de até 5 bilhões de reais em vez de um IPO, com o empresário Abilio Diniz e um fundo soberano surgindo entre os potenciais compradores.


A marca no Brasil é forte, resta saber se agora os franceses farão "direito" as estratégias no Varejo brasileiro. Fica a pergunta, se o Carrefour quer ser líder, qual será a vantagem competitiva que ele irá usar?

Fonte: Exame

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