Estratégia de expansão | Grupo Pão de Açúcar investiu R$ 110 milhões em logística em 2010

segunda-feira, janeiro 24, 2011 Jony Lan 0 Comments

Sustentar vantagem competitiva por um tempo requer investimento.

Com um investimento de R$ 110 milhões, o GPA ampliou em 30% sua capacidade logística em 2010. E não era para menos. Com a compra do Ponto Frio e a fusão com a Casas Bahia, a companhia agora acumula 1.080 lojas. Qualquer deslize na logística pode resultar em prejuízo.

A primeira medida foi separar, em diferentes centros de distribuição, produtos de alto e de baixo giro. No depósito da Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, agora estão concentrados somente os itens que exigem maior número de reposições nas gôndolas. A expectativa é de que essa mudança aumente a eficiência do Grupo e a tendência é que o índice de ruptura diminua nas lojas.

Marcelo Lopes, diretor executivo de cadeia de suprimentos da companhia, explica que agora os produtos devem demorar menos tempo para chegar aos supermercados. “Alto giro não pode mais competir com baixo giro. A rotina dos veículos também muda. No depósito dos produtos de grande rotatividade, agora só circulam veículos menores”, conta.

Outra melhoria acontece na compra e abastecimento de peixes. A rede ampliou a sua central de distribuição de pescados de 700 para 4 mil metros quadrados. A mudança vai possibilitar que o Pão de Açúcar elimine uma etapa da cadeia de distribuição, pulando um intermediário e comprando os produtos diretamente dos pescadores. “Agora temos espaço para lavar e preparar frutos do mar. Antes não tínhamos condições de fazer isso, pois precisávamos comprar de distribuidores”, afirma Lopes. Por enquanto, as mudanças realizadas deixam o Nordeste de fora. “Na metade do ano que vem, vamos iniciar as ações para a região”, afirma Lopes.

Logística
Atualmente, o Grupo Pão de Açúcar conta com 1,5 mil caminhões contratados de 150 transportadoras. Quando estão com capacidade ociosa, os veículos também são usados para fazer o frete de alguns dos fornecedores da companhia. O varejista cobra das indústrias por esse serviço. A companhia estuda sinergia com os caminhões da Casas Bahia, que são próprios.

Abs,

Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com

Fonte: Brasil Econômico

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