Startup | Novo app de Caronas, Zaznu quer concorrer com táxis, será?

quarta-feira, fevereiro 05, 2014 Jony Lan 0 Comments

Criadores da iniciativa prometem até R$ 4 mil de faturamento por mês para motoristas e pelo menos 300 carros no Carnaval do Rio

Zaznu: "Nosso público-alvo é qualquer pessoa que hoje usa um app de táxis", afirma criador anterior

Mas será que os táxis são mesmos os concorrentes? Já existe uma iniciativa dessas há mais de 1 ano nos EUA.

Com a disseminação dos smartphones, os apps vêm se incorporando de forma muito valiosa ao cotidiano. Da escolha de um restaurante à busca de um parceiro para o jantar, muita coisa pode ser obtida por meio das ferramentas - inclusive, a carona para ida e volta.

De olho nesse último segmento, o empresário carioca Yuri Faber criou o Zaznu. O app de carona promete render até R$ 4 mil por mês aos motoristas e resolver o problema de quem tem que enfrentar as blitzes da Lei Seca por todo o país.

É de se esperar que haja reclamações por parte dos taxistas em relação ao novo "concorrente". Entretanto, segundo Felipe Ascensi, especialista em Direito da FGV, o Zaznu não configura um serviço de transporte por não prever uma cobrança por quilometragem - mas sim, uma contribuição opcional. Entretanto, é de se esperar que haja reclamações por parte dos taxistas em relação ao novo "concorrente".

Em entrevista a EXAME.com, Faber explicou como funciona o Zaznu. Ele diz que quer concorrer com os apps de táxi - hoje, um item de primeira necessidade para quem gosta de sair. Leia aqui alguns trechos da conversa:

EXAME.com - O que é o Zaznu?

Yuri Faber - O Zaznu é uma plataforma de carona remunerada. Vivi dois anos em São Francisco, nos Estados Unidos, e vi isso começando lá. No fim, nem usava mais meu carro. Voltando ao Brasil, percebi que faltarão táxis para Copa e Olimpíadas no Rio e decidi adaptar a ideia.

EXAME.com - Qual é o público-alvo do app?

Yuri Faber - Nosso público-alvo é qualquer pessoa que hoje usa um app de táxis. Em geral, são jovens com smartphones e cartão de crédito. São as pessoas que saem à noite e hoje dependem dos táxis em função da Lei Seca.

EXAME.com - Como o passageiro usa o serviço?

Yuri Faber - Para cadastrar passageiros, vamos usar dados do Facebook e também do cartão de crédito, por garantia. Organizaremos um ranking no qual quem doar mais terá preferência na hora de conseguir as caronas - o que é uma forma de estimular gorjetas mais generosas, já que não há preço fixo.

EXAME.com - Qual é a principal vantagem para o passageiro em comparação com os apps de táxi?

Yuri Faber - A vantagem é que o preço sugerido da viagem será sempre 20% menor do que o que seria pago caso a corrida fosse feita por um táxi com bandeira 1. Queremos também usar os dados do Facebook para oferecer ao passageiro um motorista que tenha afinidades com ele - assim como já acontece em outros apps, como o Tinder.

EXAME.com - Quem oferece as caronas?

Yuri Faber - Nossa ideia é chamar quem tem tempo vago e um carro disponível para trabalhar com a gente. Geralmente, são universitários em começo de faculdade. É uma galera legal de trabalhar porque, em geral, já fala inglês e pode oferecer um serviço bacana durante a Copa.

EXAME.com - Como é a seleção de motoristas?

Yuri Faber - Antes de escolhermos um motorista, verificamos a documentação do carro e antecedentes criminais. Depois, há a entrevista e conforme for, a contratação. Projetamos um lucro entre R$ 45 e R$ 60 por hora para nossos motoristas.

EXAME.com - Quando o app entra em funcionamento?

Yuri Faber - A gente mandou o app para Apple Store e para Google Play. Agora, falta aguardar a liberação deles. Acredito que dentro de 2 semanas já tenhamos saído da fase de testes e liberado o Zaznu para todo o público.

EXAME.com - E quais são os planos para o futuro?

Yuri Faber - Nossa meta é ter 300 carros nas ruas do Rio já no Carnaval. Depois, pretendemos entrar com mais força em São Paulo. Até a Copa, acho que estaremos em quatro cidades-sede. Quando o negócio já estiver estabelecido, queremos partir para Europa e outros países da América Latina.

Fone: Exame

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