O Tigre do Sucrilhos Kellogg's foi o escolhido dentre 4 personagens
Criar personagens é sempre um desafio, é algo específico e normalmente único. É difícil você ver uma agência de publicidade, um cartunista, etc, fazer mais de um personagem para uma mesma empresa e esse personagem emplacar no mercado.
Quem criou o famoso tigre do cereal matinal foi a agência Leo Burnett, em 1951. Ele competiu com um canguru chamado Katy, um gnu chamado Newt e um elefante chamado Elmo. Tony e Katy ganharam e estrelaram algumas embalagens, mas apenas Tony resistiu ao tempo.
A pergunta é: por que o Tigre resistiu mais que um Gnu, um Elefante e um Canguru?
Na minha opinião, associar um elefante a um cereal matinal que tem que passar nutrição e saúde, não combinam. O Gnu era um animal africano pouco conhecido. Logo ambos foram descartados pela empresa.
Já o Canguru tinha um papel feminino, já que era uma fêmea e que levava um filhote em sua "bolsa".
O Tigre, um animal macho, complementava uma dupla como se fosse um "casal".
Mas a Canguru acabou sumindo, no meu ponto de vista, por não tem uma "paleta" de cores agradável para contrastar com as embalagens e outras peças publicitárias. Além do mais, foi criado num período em que as mães não ficavam mais em casa, já estavam batalhando por direitos iguais e queriam eram sair de casa e trabalhar. Então aquela imagem feminina não iria combinar tão bem para um café da manhã segurando um filhote, como se fosse uma autossugestão alimentar.
E o Tigre, por ser colorido e exótico, tanto em cores como o seu papel no mundo animal, que dentre os 4 demonstra força, agilidade e beleza, claro eram quase sinônimos subliminares para a palavra: saúde. E claro, para reforçar o foco principal do produto, as crianças.
Logo, Tony tá aí até hoje e já é sinônimo do produto. Dificilmente irá abandonar o produto.