Empreendedorismo | como vender vestidos de noiva pela internet como a Noiva nas Nuvens

sexta-feira, maio 16, 2014 Jony Lan 0 Comments


Três irmãs acabam de assumir um grande desafio: vender vestidos de noiva pela internet. Esqueça o atendimento personalizado e aquela imensidão de vestidos para experimentar, Samantha, Daniela e Tatiana Fasolari querem trazer praticidade para uma das mais importantes escolhas feitas antes do casamento.

A ideia para o e-commerce Noiva nas Nuvens surgiu no início de 2012 depois do casamento de Samantha, à frente do projeto. Antes, em 2010, ela precisou abandonar o emprego que tinha na Unilever e se mudar para Nova York. Como estava noiva, ela começou a procurar o seu vestido por lá. “Nos Estados Unidos, eu encontrava vestidos benfeitos e com preços razoáveis. Quando vinha visitar o Brasil, achava os preços muito altos. Voltei definitivamente para o Brasil no começo de 2012 e uma dúvida ficou na minha cabeça. Como conseguir entregar bons produtos com bom custo-benefício no Brasil? O mercado de e-commerce nos Estados Unidos é muito forte. 20% das noivas compram os seus vestidos na internet. Fiquei com a pulga atrás da orelha”.


De volta ao Brasil e empregada - Samantha começou a trabalhar no marketing da Flora, empresa de higiene e beleza do grupo JBS - ela decidiu dividir a dúvida, e a ideia, com as suas duas irmãs. Por trabalhar com marketing, Samantha tinha em mãos alguns números sobre a classe C – eles estavam conectados e estavam consumindo online. As três começaram a pesquisar sobre o mercado e os dados as deixaram animadas. Foi nesse momento, em meados de 2012, que Samantha decidiu empreender. “Comecei a analisar alguns números. Comecei a ver muita gente procurando sites gringos no Brasil e por aqui não tinha nenhum site brasileiro oferecendo vestido de noiva. Foi aí que eu decidi pedir demissão e mergulhar no projeto”.

Durante um ano e meio, as três irmãs fizeram cursos sobre lojas virtuais e diversas pesquisas no segmento, o objetivo era entender o que as noivas brasileiras gostavam e queriam. Sem muito dinheiro para investir - até o momento elas desembolsaram R$ 350 mil - as três começaram a produzir as próprias pesquisas e foram visitar ruas famosas de vestidos de noiva, como a São Caetano, na região central de SP. “Conversando com as noivas, descobrimos que o site precisava ser seguro, que teríamos que informar o nosso endereço e teríamos que trocar as peças. Nós tivemos que saber exatamente o que a nossa cliente queria. Nós percebemos que não dava para não ter renda e tule na nossa coleção, por exemplo”, afirmou Samantha.

Munidas de informações, Samantha, Daniela e Tatiana laçaram o Noiva nas Nuvens no último dia 30. Diferentemente de outros sites que apenas entregam os vestidos, a loja virtual das Fasolari possui uma estilista que desenha os modelos, que são mandados para serem produzidos em fábricas. Além da estilista e das fundadoras, só mais duas pessoas integram a equipe da startup. “Melhor começar pequeno e ir expandindo do que ao contrário. Vamos dar um passo de cada vez. A gente pensa que é fácil fazer site, mas para fazer direito não é”, afirma Samantha. As donas do negócio pretendem faturar R$ 500 mil em 12 meses e vender de 15 a 20 vestidos por mês.

Com valor médio de R$ 2,5 mil, o diferencial do site é o preço, que, segundo Samantha, é até 30% mais barato que o de lojas físicas. Outro diferencial é a pronta entrega por tamanho em apenas cinco dias úteis. O site também oferece vestidos feitos sob medida, em que a noiva informa suas medidas no próprio site, com entrega em 100 dias. Os vestidos serão enviados via Sedex e o pagamento poderá ser feito em até seis vezes sem juros, ou pelo PagSeguro em até 12 vezes. A cliente só poderá trocar a peça se não tiver optado pelo vestido sob medida.

Sobre o desafio de vender vestidos de noiva pela internet, Samantha respondeu que está a procura da noiva menos tradicional. “Eu entendo que é um desafio. A credibilidade da entrega nos EUA é maior, mas nós queremos focar em clientes que possuem o que nós classificamos como baixo envolvimento. Independentemente da classe social, o foco é na consumidora mais dinâmica, que já compra pela internet e que sabe que só vai usar o vestido uma vez na vida, por exemplo. Vamos focar na noiva mais racional”.

Fonte: Época Negócios

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