Emboscada? Fifa diz que só patrocinadores podem fazer ações de marketing sobre evento

De 2007 até hoje, a Fifa moveu 2.500 ações judiciais no mundo inteiro para proteger a marca Copa do Mundo. São mais de 200 palavras associadas ao evento que estão registradas em cartórios de títulos de propriedade dos cinco continentes. Segundo o escritório de advocacia Bhering Advogados, responsável por cuidar dos direitos da Fifa no país, só os patrocinadores podem usar termos como Copa do Mundo, logotipos e símbolos, como troféu e mascotes do evento. A Fifa também não permite a utilização de expressões "Mundial" e "Copa" em ações que se assemelham ao torneio.
- Quando você compra um carro, não quer deixar ninguém, além de você, dirigi-lo primeiro. Acontece a mesma coisa com nossos parceiros comerciais, que compraram o carro, querem a chave e a segurança de que serão os únicos a dirigir - defendeu o diretor de marketing da Fifa, o francês Thierry Weil, em Johannesburgo.
Na África do Sul, mais de 450 ações para proteger marca
Mas no Brasil a questão é polêmica, pois o marketing de emboscada não conta com uma legislação específica. Para uns, é apenas antiético. Para outros, é ilegal. Segundo os especialistas, a Justiça brasileira se baseia na Lei de Propriedade Industrial, na Lei de Direitos Autorais, na Lei Pelé e no Código Civil. Isso porque a Copa não conta com o Ato Olímpico, que proíbe o uso de expressões relacionadas ao evento promovido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Sendo assim, vamos aproveitar e deixar o tema "Copa do Mundo" ser a bandeira das ações de marketing até o final da Copa. Aproveitem, antes que fechem a torneira!
Abs,
Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com
Fonte: O Globo