Inovação: Sensores sem baterias vão monitorar de aviões a atletas

domingo, novembro 22, 2009 Jony Lan 0 Comments

Quando um pássaro se choca com um avião, as consequências podem ser fatais não apenas para o pobre pássaro. Na verdade, danos muito mais sutis à fuselagem, provocados pela fadiga dos metais, já foram apontados como a causa de vários acidentes aéreos.

O sistema de sensores terá utilidade em várias outras aplicações além dos aviões, como automóveis, prédios e até para monitorar o desempenho de atletas.

Para prevenir esses problemas, há anos a indústria procura formas de incluir sensores na fuselagem dos aviões. Esses sensores poderiam disparar alarmes tão logo o dano se iniciasse, muito antes que pudesse se transformar em causa de uma tragédia, acionando o serviço de manutenção preventiva.

Sensores sem alimentação externa
Agora, engenheiros do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, acreditam ter dado um passo decisivo para a viabilizar a instalação desses sensores estruturais - eles construíram sensores que não precisam de alimentação externa. Sem cabos ou baterias, sua instalação será muito mais simples e barata.

"Nós usamos geradores termoelétricos," conta o Dr. Dirk Ebling. Materiais termoelétricos são semicondutores que geram eletricidade pela influência de um diferencial de temperatura. Neste caso, o material aproveita a temperatura externa (entre -20 e -50º C) e a temperatura da cabine do avião (cerca de 20º C).

Com a conexão de um número suficiente desses geradores é possível produzir energia suficiente para alimentar pequenos sensores, além de uma unidade de rádio para transmitir as leituras para um computador central, localizado no interior do avião.

O sistema completo contém, além dos sensores propriamente ditos, os geradores termoelétricos, dispositivos de armazenamento de energia para emergências e um módulo para transmissão dos dados por radiofrequência.

Carros, prédios e atletas
Segundo os pesquisadores, o sistema de sensores terá utilidade em várias outras aplicações, além dos aviões. Nos carros, por exemplo, eles poderão diminuir peso e custo, substituindo uma parte do chicote elétrico, uma das peças individuais mais caras de um automóvel.

Em pontes e outras construções civis, eles poderão ser utilizados para o monitoramento estrutural e para a emissão de alertas contra terremotos.

Até mesmo no dia-a-dia dos esportistas haverá espaço para os sensores sem baterias - gerando energia pela diferença de temperatura do ambiente e do corpo do atleta, os sensores poderão monitorar o ritmo cardíaco, a respiração, a quantidade de água perdida etc. E no ritmo que o mercado de corridas cresce no Brasil, vai ser um filão a aplicação desse novo produto, quando chegar a preços de commodities, claro.

Abs,

Jony Lan
Especialista em estratégia, marketing e novos negócios
jonylan@mktmais.com

Fonte: Inovação Tecnológica

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