Setor calçadista brasileiro busca nas inovações funcionais a sobrevivência no mercado

sexta-feira, julho 17, 2009 Jony Lan 0 Comments

Depois da abertura de mercado na época do Collor, muitas empresas de setores industriais quebraram. Parece que os setores aprenderam a lição e estão usando as tecnologias dsenvolvidas dentro do país ou fora do Brasil para incrementar a indústria calçadista.

Alguns produtos funcionais que parece que irão tentar virar moda nas próximas estações e que resolvem grandes dilemas, até que enfim, a indústria entendeu que tem que ouvir os clientes.

Um calçado que aumenta de tamanho na medida que a criança cresce. A idéia não é nova, mas para uma linha infantil, eu nunca tinha visto. A tradicional Ortopé lançou o calçado Stika e Puxa. Com preço de R$ 25, o sapatinho é regulado de acordo com o crescimento do pé do bebê. Um mesmo par serve para os tamanhos de 14 a 19.

Uma novidade tecnológica para crianças vem da marca Pampili, que criou uma linha de calçados que incentiva a dança. Ele tem um dispositivo circular na sola que facilita com que a menina rodopie. A intenção é permitir que as meninas brinquem de bailarinas com os calçados. Depois do tênis-patins, parece que a moda irá pegar. O Twist Dance aparece em dois modelos de tênis e mais quatro de sapatilhas, com cuas cores cada. O preço sugerido para as sapatilhas é R$ 94,90 e para os tênis, R$ 104,90. Essa vai ser fácil copiar.

Para os que gostam de churrasco, futebol e andar de sandália que abre garrafas. A sandália Open Up tem um abridor de garrafas em aço inox acoplado na sola. O preço sugerido ao consumidor é R$ 129. Já tinha visto esse modelo no exterior, o problema é abrir uma garrafa com a sola de uma sandália suja. Deve ser uma beleza. Já imaginram a sandlaía sobre a mesa de jantar. Mas deve pegar, pelo menos para dar de presente para quem bebe muito.

E o último, a Picadilly lançou um sapato com lixa de unha acoplada na sola. Ele segue a tendência smart fashion, que aposta em uma moda funcional, segundo a diretora de Desenvolvimento da marca Ana Carolina Grings. “Os calçados podem ser transformados em utilitários, além de deixar a mulher mais bonita”, afirma.

A Picadilly tem pensando bastante em seus modelos de forma funcional. Salto alto mata os pés das mulheres de que foram inventados, então por que não fazer um que seja macio e agora funcional? Para criar o calçado, Ana Carolina diz que a equipe tentou pensar em algo que as mulheres sempre precisam, mas nunca têm à mão, e logo veio a ideia da lixa de unha. “Ela fica embutida no salto, de modo que fica discreta e não sai”, explica. Os calçados ficaram um mês em testes e, segundo Ana Carolina, a lixa resistiu bem. Como a sandália que abre garrafas, além de lixar as unhas a mulher vai ter que lavar a mão depois. O modelo deverá chegar às lojas custando cerca de R$ 80 para as consumidoras.

É a indústria calçadista se renovando para não sofrer a pressão da crise e das importações chinesas. Diversificar é uma estratégia importante que cabe às inovações oxigenarem a evolução da empresa.

Fontes: Último segundo, O Globo

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